A chuva era embalada por uma suave brisa,
e o silêncio invadiu o quarto;
a rede balançava na varanda,
e o céu embruscado era iluminado por relâmpagos,
que cortavam a escuridão da noite Pirenopolina.
Não havia energia,
e o breu dominava todo o ambiente.
O cheiro orvalhado das plantas molhadas
invadia as narinas afinadas do seresteiro,
que dedilhando o violão,
rompia o silêncio e a escuridão,
com uma suave composição,
dedicada ao tesouro que é essa terra.
Falava das serestas,
da Igreja Matriz e do Bonfim,
pincelava as Cavalhadas,
dizia das cachoeiras,
de sua deslumbrante natureza,
abençoada por Deus,
que lhe proporcionou tamanha beleza,
traçada nos casarões antigos,
que compõem a Rua Direita,
desaguando de forma feliz,
na lateral da Igreja Matriz.
Dizia ainda da Rua Aurora,
que ao raiar do dia
recebe em seu leito
os primeiros raios de sol,
enquanto na Rua do Rosário
os bares são fechados,
tomados por turistas,
boêmios e artistas,
colorindo a cidade,
que a todo coração conquista,
sempre deixando lembranças,
a todos que no Rio das almas se lançam,
para sentir no corpo a sua águas frias,
que contrariam a forma calorosa,
e cheia de magia,
com que o povo de Pirenópolis,
recebe a todos em seu dia a dia.
Poema de Luís Eduardo Barros Ferreira extraído do livro Paixão de Caboclo, Goiânia: Kelps, 1999, p. 122.
by Adriano César Curado, escritor, poeta e historiador.
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