Nunca se viu algo igual por estes planaltos. Uma noite de estrelas e poetas, numa reunião sem precedentes de escritores, algo para ficar na história de Goiás. E tudo porque a Prefeitura de Goiânia criou a maior coleção literária de todos os tempos, ao lançar 71 livros num grande e sensacional evento.
Eu estava lá. Estreava na poesia ao lado de Thais Valle, com o lançamento do nosso livro ALMAS GÊMEAS, uma obra que intercala poemas pinçados do caldeirão fervente da imaginação. Carentes de sentimentos sãos e boas histórias, já que nesses dias atuais só imperam notícias ruins (dengue, febre amarela etc), as pessoas paravam diante da nossa banca e indagavam sobre o livro, e folheavam risonhas aquelas páginas de sonhos. Era como se agradecessem por ousarmos sonhar em seu lugar, por termos coragem e criatividade para riscar os traços de sentimentos e emoções quase ausentes desses dias modernos.
Uma senhora olhou para ALMAS GÊMEAS e disse que o livro poderia lhe servir como auto-ajuda. Nada a ver com a obra. Outros tantos disseram que queriam muito ler, mas não tinham dinheiro para comprar; e então ganharam de presente e pagaram com um sorriso sensacional.
O mais interessante mesmo foi o ladrão de livros. Um garotinho franzino e esperto chegava sorrateiro perto da mesa, olhava para os lados com atenção e, mais que de repente, dava o bote fatal. Em segundos sumia-se na multidão confusa. Eu o vi pelo canto do olho, mas não quis interromper sua estranha excursão pelo furto literário. Embora seja triste notar em tão vil prática, já que bastava ter me pedido um exemplar, pelo menos poderá a obra despertar nele a vontade de ler e escrever, ou pelo menos suprirá a educação que seus pais não lhe deram.
E foi dessa forma que, no dia 10 de janeiro de 2008, no Jóquei Clube de Goiânia, ALMAS GÊMEAS veio ao mundo.
Eu estava lá. Estreava na poesia ao lado de Thais Valle, com o lançamento do nosso livro ALMAS GÊMEAS, uma obra que intercala poemas pinçados do caldeirão fervente da imaginação. Carentes de sentimentos sãos e boas histórias, já que nesses dias atuais só imperam notícias ruins (dengue, febre amarela etc), as pessoas paravam diante da nossa banca e indagavam sobre o livro, e folheavam risonhas aquelas páginas de sonhos. Era como se agradecessem por ousarmos sonhar em seu lugar, por termos coragem e criatividade para riscar os traços de sentimentos e emoções quase ausentes desses dias modernos.
Uma senhora olhou para ALMAS GÊMEAS e disse que o livro poderia lhe servir como auto-ajuda. Nada a ver com a obra. Outros tantos disseram que queriam muito ler, mas não tinham dinheiro para comprar; e então ganharam de presente e pagaram com um sorriso sensacional.
O mais interessante mesmo foi o ladrão de livros. Um garotinho franzino e esperto chegava sorrateiro perto da mesa, olhava para os lados com atenção e, mais que de repente, dava o bote fatal. Em segundos sumia-se na multidão confusa. Eu o vi pelo canto do olho, mas não quis interromper sua estranha excursão pelo furto literário. Embora seja triste notar em tão vil prática, já que bastava ter me pedido um exemplar, pelo menos poderá a obra despertar nele a vontade de ler e escrever, ou pelo menos suprirá a educação que seus pais não lhe deram.
E foi dessa forma que, no dia 10 de janeiro de 2008, no Jóquei Clube de Goiânia, ALMAS GÊMEAS veio ao mundo.
ADRIANO CÉSAR CURADO
11/01/2008
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