O impulso desenfreado que as pessoas sentem de comprar, de dar presentes na esperança de também receber, de varar dias inteiros no interior de shopping, enfim, essa necessidade de consumir cada vez mais, não pode ofuscar o brilho maior do final de ano. Não se deve jamais esquecer o real sentido do Natal, sua importância para a humanidade e principalmente a mensagem nas entrelinhas do Texto Sagrado.
O Natal deve ser uma ocasião para se praticar mais a caridade, o amor ao próximo e o exercício das palavrinhas mágicas: relevar e apaziguar. Nessa época deve-se abrir o coração para a espiritualidade e fazer uma auto-análise da conduta que desenvolvemos no transcorrer do ano. É uma boa oportunidade para se rever erros e exaltar acertos, na certeza de que, para o ano que vem, seremos pessoas melhores e mais espiritualizadas. É esse o verdadeiro sentido do Natal. Contrariamente, no entanto, testemunhamos um troca-troca de presentes cada vez mais caros e sofisticados, hipnotizados pelas propagandas multicoloridas da televisão, que nos fazem crer que essa é a conduta correta. Sou muito mais pela simplicidade e harmonia do verdadeiro cristianismo, quando as pessoas se dissociavam do “ter” e se tornavam tão-só o “ser”.
Imagine que num casebre distante, esquecido em algum sopé de serra deste vasto planalto central, uma família se reuna em torno duma mesa tosca com toalha xadrez e serenamente ore pela paz interior. Essa gente é espiritualmente muito mais desenvolvida que os consumistas de plantão. Ali não há comilança desenfreada (mesmo porque não têm tanta comida assim), nem consumo desmedido de bebidas alcoólicas, ou mesmo troca de presentes comprados na cidade. No entanto os moradores daquela choupana recebem de graça dádivas que o Criador guardou para todos nós mas somente alguns usufruem.
Que dádivas são essas? Infinitas, eu diria. Mas posso citar uma abóbada celestes salpicada de estrelinhas tremeluzentes, coisas que não se testemunha nas cidades de ofuscantes luzes artificiais. Conto também o silêncio somente quebrado por sapos e grilos das noites calmas do sertão. Menciono o encontro com a Divindade interior, pois é na calmaria que está a serenidade do paraíso que Jesus mencionou.
Em um dos poucos cômodos do casebre, situado em lugar privilegiado vê-se um encantador presépio construído de celulose e enfeitado com flores do campo. Ali aquela família se reune ao cair da tarde e relembra os ensinamentos e experiências ouvidos dos antepassados, mostra aos mais novos o exemplo dos antigos e lhes ensina que, um dia, também eles ensinarão o bem às futuras gerações.
Esse é o verdadeiro Natal, ou seja, um breve instante para reflexões e buscas interiores, naquele caminhar lento à cata de evolução espiritual que toda alma anseia alcançar. O consumismo de fim de ano nunca deve ofuscar o brilho da Estrela de Belém, pois ela nos conduzirá a uma manjedoura, onde um espírito muito mais evoluído que nós nos ensina: “amai-vos uns aos outros”.
Feliz festa de fim de ano!
O Natal deve ser uma ocasião para se praticar mais a caridade, o amor ao próximo e o exercício das palavrinhas mágicas: relevar e apaziguar. Nessa época deve-se abrir o coração para a espiritualidade e fazer uma auto-análise da conduta que desenvolvemos no transcorrer do ano. É uma boa oportunidade para se rever erros e exaltar acertos, na certeza de que, para o ano que vem, seremos pessoas melhores e mais espiritualizadas. É esse o verdadeiro sentido do Natal. Contrariamente, no entanto, testemunhamos um troca-troca de presentes cada vez mais caros e sofisticados, hipnotizados pelas propagandas multicoloridas da televisão, que nos fazem crer que essa é a conduta correta. Sou muito mais pela simplicidade e harmonia do verdadeiro cristianismo, quando as pessoas se dissociavam do “ter” e se tornavam tão-só o “ser”.
Imagine que num casebre distante, esquecido em algum sopé de serra deste vasto planalto central, uma família se reuna em torno duma mesa tosca com toalha xadrez e serenamente ore pela paz interior. Essa gente é espiritualmente muito mais desenvolvida que os consumistas de plantão. Ali não há comilança desenfreada (mesmo porque não têm tanta comida assim), nem consumo desmedido de bebidas alcoólicas, ou mesmo troca de presentes comprados na cidade. No entanto os moradores daquela choupana recebem de graça dádivas que o Criador guardou para todos nós mas somente alguns usufruem.
Que dádivas são essas? Infinitas, eu diria. Mas posso citar uma abóbada celestes salpicada de estrelinhas tremeluzentes, coisas que não se testemunha nas cidades de ofuscantes luzes artificiais. Conto também o silêncio somente quebrado por sapos e grilos das noites calmas do sertão. Menciono o encontro com a Divindade interior, pois é na calmaria que está a serenidade do paraíso que Jesus mencionou.
Em um dos poucos cômodos do casebre, situado em lugar privilegiado vê-se um encantador presépio construído de celulose e enfeitado com flores do campo. Ali aquela família se reune ao cair da tarde e relembra os ensinamentos e experiências ouvidos dos antepassados, mostra aos mais novos o exemplo dos antigos e lhes ensina que, um dia, também eles ensinarão o bem às futuras gerações.
Esse é o verdadeiro Natal, ou seja, um breve instante para reflexões e buscas interiores, naquele caminhar lento à cata de evolução espiritual que toda alma anseia alcançar. O consumismo de fim de ano nunca deve ofuscar o brilho da Estrela de Belém, pois ela nos conduzirá a uma manjedoura, onde um espírito muito mais evoluído que nós nos ensina: “amai-vos uns aos outros”.
Feliz festa de fim de ano!
Adriano César Curado
12 de dezembro de 2007
Um comentário:
Gostei muito do seu blog, poeta.
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