Aritmética macabra





     Há quem goste de contar mortos. Aliás, gostam muito. É a saída, nada honrosa, para aqueles que tentam defender o indefensável. A argumentação política vira uma simples somatória, e o dedo aponta para o outro. Ele, o outro, é pior, matou mais.

     Aritmética macabra que esconde preferências e justifica o terror.
Não é de hoje que vemos uma certa relativização da ditadura brasileira. Os nossos vizinhos são apontados como ditaduras de verdade, e aqui teria sido uma ditadura molenga, quase açucarada, uma ditabranda, como chamou a "Folha de S. Paulo".

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