Além de retirada da viga baldrame de aroeira, outras técnicas equivocadas de “restauração” comprometem o conjunto do Patrimônio Histórico de Pirenópolis. Com a desculpa de que falta madeira no mercado, a sustentação dos casarões históricos passaram a ser feita com barras de metal, que são parafusadas e depois cobertas com tábua para disfarçar.
Um casarão centenário na rua Direita passou por esse triste disfarce em 2011. Suas pareces internas, originalmente de adobe e pau-a-pique foram derrubadas por estavam fora de prumo e no lugar levantadas outras com tijolo furado e alinhamento perfeito. O pé-direito (altura que vai do chão ao teto) foi aumentado significativamente e isso quebrou a olhos vistos a estética do imóvel. Eu pergunto: é o mesmo casarão do século XIX? Essa técnica de restauração, aprovada pelas autoridades competentes, está correta?
É preciso sentar e discutir com técnicos especializados sobre essas intervenção nos imóveis que compõe o Centro Histórico de Pirenópolis. Se continuar assim e nesse ritmo, em pouco tempo os casarões serão todos demolidos e nos tornaremos, como já frisei diversas vezes, cidade-cenário para turista ver e fotografar.
ADRIANO CÉSAR CURADO
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