Foto: Arquivo Biblioteca Pyraí
No sábado da festa, logo após o último dia da novena, há o levantamento de mastro na frente da Matriz, com a participação da banda Fênix, e depois todos descem para as margens do rio das Almas, onde ocorre o show pirotécnico. Mais tarde tem apresentação da peça As pastorinhas, no teatro, com regência de dona Ita e seu Alaor.
No domingo do Divino o imperador adentra triunfal na Matriz, acompanhado pela corte que o acompanha dentro dum quadro, ladeado por longos cordões de moças vestidas de branco (as virgens) e acompanhado pela banda de música. Vão à sua frente três bandeiras: a principal trás a imagem duma pomba, símbolo do Espírito Santo; as outras duas, azuis e vermelhas, simbolizam os mouros e cristãos das Cavalhadas.
Quando chega o imperador com a coroa de prata sobre a cabeça e o cetro atravessado rente ao peito, não há pirenopolino que não arrepie, ainda mais se ouve o hino do Divino, que tem a seguinte letra: “Vinde, ó Espírito Divino consolador, descei lá do céu a dar-nos riquezas do vosso amor”.
Segue então um longa cerimônia, com missa em latim e acompanhamento da orquestra da banda Fênix. Ao final todos vão para a sacristia da Matriz, onde é realizado o sorteio do imperador do ano seguinte. Enquanto isso o atual imperador segue para sua casa com a coroa, e somente à noite, depois das Cavalhadas, é que ele voltará à Matriz e transmitirá o reinado para o novo sorteado, numa belíssima e emocionante cerimônia.
by Adriano César Curado
Um comentário:
Foto Magnífica!
Meu Deus, acho que, esteja eu onde estiver, em qualquer lugar do planeta, vou me lembrar de Pirenópolis nessa época do ano. Não que a cidade seja menos importante o resto do tempo, mas na festa do Divino ela tem um toque de magnetismo. Algo realmente intrigante.
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