Embora nossa querida cidade de Pirenópolis tenha sofrido bastante com os vendavais da modernidade, seu Centro Histórico ainda é um conjunto respeitável e só perde em quantidade de imóveis para a Cidade de Goiás.
Muitas outras cidades do Ciclo do Ouro em Goiás foram total ou parcialmente descaracterizadas, como se rasgassem páginas importantes do passado goiano. São exemplos as cidades de Corumbá de Goiás, Jaraguá, Luziânia, Pilar, Santa Cruz de Goiás etc.
Embora eu saiba que a casa deve acompanhar o estilo de vida de cada época, discordo plenamente das intervenções arquitetônicas que ultimamente se faz em Pirenópolis, sob o olhar complacente das autoridades públicas. Uma coisa é construir banheiros, piscinas etc., outra é modificar toda a área interna dos casarões, deixando de original apenas a fachada. Não sou arquiteto e pouco entendo dessa ciência fabulosa, mas como historiador amador sei observar aquilo que acontece à minha volta.
E o que vejo é triste.
Se continuarem a intervir de forma tão irresponsável no nosso patrimônio histórico, não vai longe o dia em que seremos uma “cidade cenário”, como aquelas em que se passam as novelas da televisão. Na frente, à vista do turista, uma arquitetura impecável, como se nos séculos precedentes estivéssemos. Mas da soleira para dentro, apenas a modernidade.
Quando não estamos satisfeitos com o andamento das situações da vida, temos que fazer algo para mudar essa realidade. E minha arma são as palavras. Por isso, em diversos artigos buscarei expor meu ponto de vista e, obviamente, estarei aberto a confetes e vaias, se for o caso.
Espero com isso começar uma mudança de mentalidade e futuramente resguardar o que restou da nossa história.
Adriano César Curado
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