Agora que o inverno dedilha, com seus frios dedos de vento, nas vidraças da janela e quer entrar de qualquer forma, no afã dos arrepios de sensações, é que agradeço a companhia quente de alguém que me ama.
Neste momento em que o verde da paisagem dá lugar ao cinza desbotado e a fumaça das queimadas embaçam o céu, outrora de imaculado anil, é que agradeço o multicolorido brilho do sorriso de alguém que me ama.
E quando a primavera finalmente aportar, recepcionada pela algazarra festiva dos pássaros, semearemos esta paz incondicional que cultivamos juntos, e que antes era uma sementinha sensível e medrosa, mas que agora se transmutou numa gigantesca e frondosa árvore sagrada – o Amor!
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