AMOR


Foto beco de adobe no Centro Histórico de Pirenópolis

Arquivo da Biblioteca Pyraí


Amor, amor!

Onde estás tu, que não te vejo?

Há tempos procuro-te em toda parte

Porém em vão...

Tu nunca apareceste.

Bocas te louvam, dizem que tu és maravilhoso

Mas eu nunca te encontrei.

Serás tão belo assim?

Desconheço-te.

Algumas vezes me vieram alguns sentimentos

Cheguei a pensar que tu, finalmente, terias chegado

Enganei-me redondamente.

Lágrimas? Nunca fui capaz de derramá-las

Pois nunca amei na vida

Só o amor seria capaz de arrancá-las de meus olhos

E de meu coração.

Mas este amor, quem será este?

Amor, ó Amor! Apareça!

Será que viverei sem amar a alguém?

Será uma vida em vão!

Sei que nasci para amar alguém,

Mas quem é este alguém?

Só o Amor me dirá!

E o Amor, quando virá?

Amor, não me deixe só.

Tu não tens pena

De uma jovem pequena

Que apenas procura alguém para amar?

Tu não tens vergonha de deixar

Que esta pequena sofra?

No entanto, em silêncio, choro muito!

Eu nunca deixarei de procurar-te

Nem que eu precise andar a maior distância que existir.

E no dia em que eu te encontrar

Darei gargalhadas por tu duvidares de mim

E tu passarás a viver comigo

E para mim

Por todo o sempre...


Poema de Thais Valle extraído do livro ALMAS GÊMEAS, Goiânia: UCG, 2007, p. 13/14.


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